A partir de 13 de Julho e até 24 de Agosto o Expresso oferece a todos os seus leitores a colecção ‘Eça Agora’. Durante essas sete semanas serão disponibilizados os sete volumes desta iniciativa inédita, juntamente com a respectiva caixa arquivadora. A colecção tem início com a oferta do romance… Ler mais »Autores portugueses escrevem continuação de “Os Maias”
Há um provérbio eslavo da Galícia que diz: «O que não contas à tua mulher, o que não contas ao teu amigo, conta-lo a um estranho, na estalagem.» Mas ele teve raivas inesperadas e dominantes para a sua larga e sentida confidência. Foi a respeito do meu amigo, do Peixoto,… Ler mais »Singularidades de uma Rapariga Loura — Eça de Queirós
Cumpridos dez anos de prisão por um crime que não pratiquei e do qual, entanto, nunca me defendi; morto para a vida e para os sonhos; nada podendo já esperar e coisa alguma desejando — eu venho fazer enfim a minha confissão: isto é: demonstrar a minha inocência. Talvez não me… Ler mais »A Confissão de Lúcio — Mário de Sá-Carneiro
A opereta “A morte do diabo”, que Eça de Queirós escreveu com o crítico e diplomata Jaime Batalha Reis em 1869, até agora inédita, vai ser publicada em livro em Junho, revelou esta quarta-feira a Editorial Caminho. “A morte do diabo”, com libreto de Eça de Queirós e Batalha… Ler mais »Descoberto inédito de Eça de Queirós
Ó mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus… Ler mais »Mensagem — Fernando Pessoa
Eu, que sou feio, sólido, leal,A ti, que és bela, frágil, assustada,Quero estimar-te, sempre, recatadaNuma existência honesta, de cristal. Sentado à mesa dum café devasso,Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura,Nesta Babel tão velha e corruptora,Tive tenções de oferecer-te o braço. E, quando socorreste um miserável,Eu, que bebia cálices d’absinto,Mandei ir a… Ler mais »O Livro de Cesário Verde — Cesário Verde
Já desde séculos se perdera a memória do lugar que ocupava aquela torre nas complicadas fortificações da Honra e Senhorio de Santa Ireneia. Não era decerto (segundo padre Soeiro) a nobre torre albarrã, nem a de alcáçova, onde se guardava o tesouro, o cartório, os sacos tão preciosos das especiarias… Ler mais »A Ilustre Casa de Ramires — Eça de Queirós
Ser Poeta é ser mais alto, é ser maiorDo que os homens! Morder como quem beija!É ser mendigo e dar como quem sejaRei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendorE não saber sequer que se deseja!É ter cá dentro um astro que flameja,É… Ler mais »Charneca em Flor — Florbela Espanca
O mal verdadeiro, o único mal, são as convenções e as ficções sociais, que se sobrepõem às realidades naturais — tudo, desde a família ao dinheiro, desde a religião ao Estado. A gente nasce homem ou mulher — quero dizer, nasce para ser, em adulto, homem ou mulher; não nasce,… Ler mais »O Banqueiro Anarquista — Fernando Pessoa
Livro do meu amor, do teu amor,Livro do nosso amor, do nosso peito…Abre-lhe as folhas devagar, com jeito,Como se fossem pétalas de flor. Olha que eu outro já não sei comporMais santamente triste, mais perfeito…Não esfolhes os lírios com que é feitoQue outros não tenho em meu jardim de dor!… Ler mais »Livro de Soror Saudade — Florbela Espanca