Esteiros — Soeiro Pereira Gomes

— Gaitinhas: és meu amigo? — Sou, pois. Gineto sorriu. Nunca tivera um amigo assim. Os outros adulavam-no por medo, bem sabia. A não ser o Sagui, todos lhe queriam…
Read more— Gaitinhas: és meu amigo? — Sou, pois. Gineto sorriu. Nunca tivera um amigo assim. Os outros adulavam-no por medo, bem sabia. A não ser o Sagui, todos lhe queriam…
Read moreAquela conquista de fortuna, feita de relance, perturbava-o, desmerecia o brilho das suas riquezas, ajuntadas dia a dia na canseira do trabalho. A vida tem ironias: teria ele sido um…
Read moreA crise conjugal de Alfredo Galvão e Celina tinha amansado, e a moça parecia mais submissa depois da reconciliação, não sacudindo tanto a velha casa com as alternativas do seu…
Read moreAquele grito partira de José das Dornas, que fora o primeiro a cujas mãos concedera a sorte, enfim, uma espiga vermelha.
A festa mudou súbita e completamente de carácter.
À exclamação do lavrador respondeu grande alarido na assembleia. De todos os lados se pedia o cumprimento da lei das esfolhadas. Cabia pois a José das Dornas fazer a primeira distribuição de abraços.
O alegre lavrador não se fez rogar.
Read moreNo fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando…
Read more— E onde achou este livro? — Onde? a meu lado, na vida. — Quem o compôs? — Arhat. — Pronunciando tal nome estremeceu como a um choque e atirou…
Read moreNa Cidade perdeu ele a força e beleza harmoniosa do corpo, e se tornou esse ser ressequido e escanifrado ou obeso e afogado em unto, de ossos moles como trapos,…
Read moreBebeu o copo de Eyup até à última gota. Suspeitava de que as suas atribulações tinham algo que ver com esse plano. Devia ser tão secreto que qualquer pergunta sobre…
Read moreCada um que seguisse o seu rumo; olhar para trás seria, além de ridículo, pueril e perigoso… Na estrada da vida todos os passos que damos deixam vestígios, mas desde…
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