Oaristos — Eugénio de Castro

Tua frieza aumenta o meu desejo: Fecho os meus olhos para te esquecer, E quanto mais procuro não te ver, Quanto mais fecho os olhos mais te vejo. Humildemente,…
Read moreTua frieza aumenta o meu desejo: Fecho os meus olhos para te esquecer, E quanto mais procuro não te ver, Quanto mais fecho os olhos mais te vejo. Humildemente,…
Read moreTenho frio e ardo em febre! O amor me acalma e endouda! o amor me eleva e abate! Quem há que os laços, que me prendem, quebre? Que…
Read moreSempre o futuro, sempre! e o presente Nunca! Que seja esta hora em que se existe De incerteza e de dor sempre a mais triste, E só farte o desejo…
Read moreToma as espadas rútilas, guerreiro, E à rutilância das espadas, toma A adaga de aço, o gládio de aço, e doma Meu coração — estranho carniceiro! Não podes?! Chama…
Read moreE a Vida foi, e é assim, e não melhora. Esforço inútil. Tudo é ilusão. Quantos não cismam nisso mesmo a esta hora Com uma taça, ou um punhal na…
Read moreUm pouco mais de sol — eu era brasa, Um pouco mais de azul — eu era além. Para atingir, faltou-me um golpe d’asa… Se ao menos eu permanecesse aquém……
Read moreNão sei se isto é amor. Procuro o teu olhar, Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo; E apesar disso, crê! nunca pensei num lar Onde fosses…
Read moreQue durmam, muito embora, os pálidos amantes, Que andaram contemplando a lua branca e fria… Levantai-vos, heróis, e despertai, gigantes! Já canta pelo azul sereno a cotovia E já rasga…
Read moreMinha Júlia, um conselho de amigo; Deixa em branco este livro gentil: Uma só das memórias da vida Vale a pena guardar, entre mil. E essa n’alma em silêncio…
Read moreÓ mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses…
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