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Os Melhores Romances Escritos em Língua Portuguesa

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Banner A lista é a origem da cultura. Ela faz parte da história da arte e da literatura. O que a cultura quer? Tornar a infinitude compreensível. Ela também quer criar ordem — nem sempre, mas com frequência. E como, enquanto seres humanos, lidamos com a infinitude? Como é possível entender o incompreensível? Através de listas, através de catálogos, através de colecções em museus e através de enciclopédias e dicionários.

Umberto Eco, em entrevista para o Der Spiegel (trad. de Eloise De Vylder)

Nos dias que correm a proliferação das listas é um facto incontornável, e a literatura não escapa a essa tendência.

Apesar do seu carácter muitas vezes redutor, as listas são um óptimo pretexto para uma discussão acerca de livros, assim como uma forma de divulgar boa literatura, algo que não poderia estar mais de acordo com os objectivos do Projecto Adamastor.

Assim sendo, resolvemos elaborar uma lista dos melhores romances em língua portuguesa, com base numa votação que decorrerá ao longo dos próximos meses, e em que qualquer leitor poderá contribuir com a sua opinião.

As regras são simples:

  • Podem ser indicados quaisquer romances originalmente escritos em português.
  • Não serão considerados títulos de menor extensão, como contos ou novelas, assim como os casos cuja classificação é mais problemática, de que é exemplo O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa.
  • Não existe qualquer restrição no que diz respeito ao número de obras por autor, isto é, podem ser indicados múltiplos romances escritos pelo mesmo autor.

Para participar basta preencher o formulário abaixo apresentado, indicando dez romances de autores lusófonos, por ordem de preferência, ordem essa que funcionará como principal ponderador no apuramento dos resultados finais; de notar que as escolhas podem ser editadas até ao final da votação. Em alternativa, caso não possua conta Google, pode enviar-nos directamente as suas escolhas para o e-mail do projecto (projectoadamastor@outlook.com), ou partilhá-las na secção de comentários.

A votação decorrerá até ao final do presente ano e os respectivos resultados serão anunciados em Janeiro de 2016.

Desde já agradecemos o vosso contributo.

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16 comentários em “Os Melhores Romances Escritos em Língua Portuguesa”

  1. António Beato Teixeira

    1- A noite e o riso – Nuno Bragança
    2- Casa grande de Romarigães – Aquilino Ribeiro
    3- Os Maias – Eça de Queiróz
    4- Mau tempo no canal – Vitorino Nemésio
    5- O Delfim – José Cardoso Pires
    6- Para sempre – Vergílio Ferreira
    7- Rumor branco – Almeida Faria ( trilogia )
    8- Amadeo – Mário Cláudio ( trilogia )
    9- Sinais de fogo – Jorge de Sena
    10- O que diz Molero – Diniz Machado ;O ano da morte de Ricardo Reis – José Saramago

  2. 1- A Sibila – Agustina Bessa-Luís
    2- Manhã Submersa – Vergílio Ferreira
    3- Húmus – Raúl Brandão
    4- Capitães da Areia – Jorge Amado
    5- Eurico, o Presbítero – Alexandre Herculano
    6- O Evangelho Segundo Jesus Cristo – José Saramago
    7- A Confissão de Lúcio – Mário de Sá-Carneiro
    8- O Delfim – José Cardoso Pires
    9- A Voz dos Deuses – João Aguiar
    10- Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis / Nome de Guerra – José de Almada Negreiros

    1. Caro Luís, obrigado pela participação. Tenho, no entanto, de apontar que «A Confissão de Lúcio» é uma novela. Tendo indicado 2 títulos no décimo lugar acaba por não haver problema.

  3. 1- Memorial do Convento – José Saramago
    2- Os Clandestinos – Fernando Namora
    3- A Máquina de fazer Espanhóis – Valter Hugo Mãe
    4- Equador – Miguel Sousa Tavares
    5- Contraponto – Patrícia Reis
    6- Muros – Júlio Machado Vaz
    7- Os Livros que devoraram o meu pai – Afonso Cruz
    8- O meu pé de Laranja-lima – José Mauro de Vasconcelos
    9- Nas tuas mãos – Inês Pedrosa
    10- O Alquimista – Paulo Coelho

  4. Escolha quase impossível.
    Os meus critéiros: 1) não repetir nenhum autor; 2) mencionar apenas obras de escritores já falecidos; 3) lista por ordem cronológica.
    1- Os Maias (1888) – Eça de Queirós
    2- Andam Faunos pelos Bosques (1926) – Aquilino Ribeiro
    3- A Selva (1930) – Ferreira de Castro
    4- Mau Tempo no Canal (1944) – Vitorino Nemésio
    5- Servidão (1946) – Assis Esperança
    6- Gabriela, Cravo e Canela (1958) – Jorge Amado
    7- Barranco de Cegos (1961) – Alves Redol
    8- O Signo da Ira (1961) – Orlando da Costa
    9- Sinais de Fogo (1979) – Jorge de Sena
    10 – Para Sempre (1983) – Vergílio Ferreira

  5. 1- Os Maias – Eça de Queirós
    2- O Crime do Padre Amaro – Eça de Queirós
    3- Memorial do Convento – José Saramago
    4- Equador – Miguel Sousa Tavares
    5- A Criação do Mundo – Miguel Torga
    6- Gabriela Cravo e Canela – Jorge Amado
    7- Dona Flor e Seus Dois Maridos – Jorge Amado
    8- Crónica dos Bons Malandros – Mário Zambujal
    9- O Evangelho Segundo Jesus Cristo – José Saramago
    10- Manhã Submersa – Virgílio Ferreira

  6. São muitos livros. De modo que eu diria ser impossível fazer uma lista de tal envergadura. Muitos leitores vão pelo seu gosto pessoal. Ninguém citou, por exemplo, o livro GRANDE SERTÃO: VEREDAS, de Guimarães Rosa, o maior romance de todos os tempos em língua portuguesa. Para quem não o conhece, ROSA foi um dos grandes revolucionários da literatura no século XX, juntamente com Proust e James Joyce. Os leitores portugueses teriam grandes dificuldades em lê-lo. Outras duas obras não citadas: DOM CASMURRO e MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, ambos de Machado de Assis. Estas duas obras também mudaram o panorama da literatura universal. Há livros, por outro lado, que não mereciam, de modo algum, entrar na lista, como EQUADOR, de Miguel Souza Tavares, e GABRIELA CRAVO E CANELA, de Jorge Amado. OS MAIAS, de Eça e MEMORIAL DO CONVENTO, de José Saramago, foram bem lembrados.

    1 – Grande Sertão: Veredas – Guimarães Rosa;
    2 – Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;
    3 – Os Maias – Eça de Queiroz;
    4 – Evangelho segundo Jesus Cristo – José Saramago;
    5 – Macunaíma – Mário de Andrade;
    6 – Os cus de Judas – Antonio Lobo Antunes;
    7 – Nação Crioula – José Eduardo Agualusa;
    8 – Fogo Morto – José Lins do Rego;
    9 – Partes de África – Helder Macedo;
    10 – O Remorso de Baltazar Serapião – Valter Hugo Mãe.

    Como podem ver, minha lista, assim como todas as outras, não será uma unanimidade. Citei-os assim, deixando de lado outros excelentes livros, como A RELÍQUIA e DOM CASMURRO, ou como escritores ótimos, como Mia Couto e Clarice Lispector por exemplo. Intentei, ao formulá-la, critérios estéticos (o quão revolucionaram e incentivaram novos escritores) e históricos (sua importância para um determinado período da literatura). Valter Hugo Mãe, no entanto, o décimo livro, foi por puro gosto mesmo. 🙂

    1. Muito obrigado pela participação Jóe, assim como pela detalhada explicação das suas escolhas.
      Devo apenas indicar que a grande maioria dos votos tem sido submetida através do formulário; não é minha intenção estar desde já a divulgar resultados, até porque o inquérito dura até ao final do ano, mas posso adiantar que não faltam referências a Guimarães Rosa e a Machado de Assis. Seria até de estranhar se assim não fosse.

  7. Olá, organizadores!

    Decisão tomada pelo que veio primeiro na memória, já que são muitos livros, quase injusta a escolha, muito difícil.

    1º – Triste fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto
    2º – A Cidade e as Serras – Eça de Queirós
    3º – O Mulato – Aluísio Azevedo
    4º – Lucíola – José de Alencar
    5º – Amor de Perdição (se não puder) então: Amor de Salvação – Camilo Castelo Branco
    6º – O Crime do Padre Amaro – Eça de Queirós
    7º – A Relíquia – Eça de Queirós
    8º – Recordações do Escrivão Isaías Caminha – Lima Barreto
    9º – Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta – Ariano Suassuna
    10º – A Escrava Isaura – Bernardo Guimarães.

    Cordialmente
    Madalena Daltro.

Comentários

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